A era da comunicação de massa acentuou conflitos num mundo já pouco voltado para a intercolaboração e o entendimento.Tornou-se mais crítico o relacionamento entre o que já era e o que passou a ser; entre as pessoas já formadas - seus padrões, conceitos, princípios e objetivos - e as que estão sendo formadas - suas dúvidas, angústias, necessidades e expectativas. E raramente as respostas são oferecidas ou encontradas.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Circulo vicioso
A era da comunicação de massa acentuou conflitos num mundo já pouco voltado para a intercolaboração e o entendimento.Tornou-se mais crítico o relacionamento entre o que já era e o que passou a ser; entre as pessoas já formadas - seus padrões, conceitos, princípios e objetivos - e as que estão sendo formadas - suas dúvidas, angústias, necessidades e expectativas. E raramente as respostas são oferecidas ou encontradas.
Hoje o tóxico é uma grande preocupação. Ontem não o foi. Amanhã, talvez, não o seja. Os tóxicos, como todas as mazelas sociais, não são causas, mas efeitos. Embora pareça uma missão quase impossível é preciso buscar as razões geradoras.
O que se vê nas grandes concentrações humanas atuais é um tocar-se sem comunicar-se, a angústia na multidão, o isolamento sem espaço, a ingestão, a cada instante, de mais problemas sem qualquer esperança de solução.Estamos aprisionados no círculo vicioso do não-entendido, do anti-simples.
Os que detêm o conhecimento ou o poder imaginam-se irresponsavelmente acima de julgamentos, completamente desobrigados dos menores gestos de fraternidade.Há um distanciamento que faz irreconhecíveis os que convivem e estranhos os que conversam. Continua sem solução o desafio social primeiro: aprimorar a relação do homem com o seu semelhante.São o pavor da solidão e a amargura pessoal que levam os homens a se entreguem às drogas.
Ao invés de implorarem piedade, a seus malfeitores, eles até deveriam perdoá-los. Pelo descaso e pela indiferença que demonstram. Até porque esse comportamento de extremo egoísmo deve esconder o temor do próprio fracasso.
Não adianta sofisticar o combate às drogas e multiplicar os recursos para tratar suas conseqüências se não enfrentamos, com o mesmo empenho, as causas do sofrimento humano. A humanização da vida é o melhor remédio contra as drogas e os males sociais.
Precisamos adotar - enquanto há tempo - as práticas rudimentares que chegaram a tornar santos os que, simplesmente, num passado que insistimos em desconhecer, viveram suas existências no compromisso do amor solidário com seus semelhantes.
Indagação fundamental

O novo e o extraordinário são consagrados e desvalorizados quase simultaneamente. Mas esse rico e surpreendente universo não é orientado para o bem estar da maioria. O mercado é hoje o grande objetivo dos que realmente dominam o mundo.
Um mercado irracional e voraz que subordina tudo a seus propósitos, indiferente às consequências sobre o meio ambiente, a saúde e o desenvolvimento humano.
Tudo está orientado para uma capacitação voltada às exigências da produção e dos melhores empregadores, os verdadeiros detentores do poder.
Essa lógica pressiona toda a rede internacional de instrução a privilegiar os programas de pequena duração, tanto na formação quanto na especialização. Esse modelo imediatista obriga a ciência a restringir a pesquisa pura para se dedicar, quase que exclusivamente, à pesquisa aplicada.
Mais eficiência para aumentar o lucro é o lema pricipal, da grande onda socioeconômica que domina esse final de milênio. Atende-se primeiro aos objetivos do mercado irracional global ; depois se pensa no destino da humanidade!
A grande massa está sendo condicionada por todas as mídias a crer que a capacidade de adquirir é o que define a classe de cidadania de todos nós. Essa estratégia consagra a mais perigosa das ideologias : vivem melhor os que mais consomem ou só vivem de fato os que podem consumir!
Tão triste realidade explica, em parte, a perplexidade que hoje domina o comportamento dos países, das sociedades e dos indivíduos.
E também justifica a crescente dificuldade que encontram para atuar todos os que tentam entender e integrar as infinitas visões de mundo, que se digladiam nesse contemporâneo inquietante.
Diante dos “grandes avanços” já realizados uma sociedade amedrontada retorna a indagações arcaicas, volta a se perguntar :
- Afinal, o que estamos fazendo por aqui?
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