terça-feira, 18 de maio de 2010

O direito de fazer mal a si mesmo

Renato Janine Ribeiro
Tem o poder público direito a limitar a liberdade das pessoas de fumar, beber, em suma, de se fazerem mal, mesmo que elas queiram fumar, beber, fazer-se mal? Essa discussão reaparece sempre que uma medida legislativa coíbe o fumo ou a bebida. Vale a pena tentar esclarecer o que está em jogo.

Comecemos com uma distinção básica. Ninguém em sã consciência negará o direito – e mesmo o dever – do poder público a proibir o que faça mal a uma outra pessoa. A questão filosófica é se ele pode impedir que eu faça mal a mim mesmo. Essa distinção é fundamental porque, no debate sobre a lei seca (federal) e a lei antifumo (paulista), os dois assuntos foram constantemente confundidos.

Assim, se a lei proíbe uma pessoa com álcool no sangue de guiar, não a está impedindo de fazer mal a si mesma. Está dificultando que faça mal a outras pessoas. Essa lei, portanto, não entra no caso que estamos discutindo. Ninguém perdeu o direito de beber “até cair”, como dizia a canção de carnaval. O que não vale é guiar bêbado porque, assim, se pode ferir ou matar alguém.



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Beleza para todos

Silvia Rogar
O francês Gilles Lipovetsky, 58 anos, é um dos nomes mais criativos e polêmicos do pensamento filosófico contemporâneo. Foi ativista dos movimentos que culminaram no maio de 1968, teve participação importante na reformulação do ensino de filosofia na França e, atualmente, trabalha para o programa europeu de unificação escolar. Reconhecido como um intelectual "sério", causou polêmica quando lançou O Império do Efêmero, em 1987. O livro aborda a moda ocidental, de sua criação, no século XIV, até o século XX. Para Lipovetsky, o assunto não se encerra no vestir, mas está interligado ao bem-estar, ao consumo e à mídia. "Não é possível compreender a evolução da sociedade sem dar importância à moda, à sedução, ao luxo", diz. Seu próximo livro, sobre o luxo, será lançado no ano que vem, na Europa. No início de outubro, ele estará no Rio de Janeiro, para o seminário "O luxo de cada dia". Na semana passada, Lipovetsky falou por telefone a VEJA, de sua casa, em Grenoble, na França. Clique no título da materia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Não desisto de ser otimista"

Anna Paula Buchalla
Mara Gabrilli tinha 26 anos quando sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada ("meses eternos", segundo ela) – dois deles respirando com a ajuda de aparelhos. Nunca mais moveu um músculo do pescoço para baixo. Faltam-lhe os movimentos do corpo, mas sobra-lhe inquietude. Aos 42 anos, Mara é uma máquina de buscar soluções, ter ideias e fazê-las acontecer. Desde o acidente, passou a pesquisar tudo o que diz respeito a lesões medulares, envolveu-se na causa dos portadores de deficiência e fundou uma ONG de apoio a pesquisas e atletas com deficiência. Foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, em 2005. "Eu me sentia cada vez mais impotente para o tipo de reclamação que ouvia dos portadores de deficiência. Chegou uma hora em que me vi compelida a entrar na vida política", disse Mara, que concedeu esta entrevista a VEJA.
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SEM ESTRESSE

*ALLAN* ANGELI *ANGELITOS* BOM-DE-HUMOR * BRAZIL-CARTOON* DIVERTUDO * GALHARDO* GLAUCO* HUMOR TARDELA * HUMOR-UOL* MILLÔR* STOCKER* TULIPIO* HUMOR DA TERRA * JOÃO BOSCO *Saber*