quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O valor do agora

Parem o mundo que eu quero descer” é o nome de uma peça que fez sucesso na Broadway, durante muito tempo. Fugir do instante ameaçador, retornando ao passado ; ante a angustia, que multiplica dificuldades e temores, tentar a volta ao paraíso perdido.
É através dessa fantasia que os desorientados buscam novos caminhos e outras formas de realização existencial. Imaginam, talvez, que numa atmosfera mítica o desprazer se esfumaça, restaurando o ânimo abalado.
O progresso sempre provocou uma influência paradoxal, em todos os tempos. A história é uma crônica da luta humana, ante o presente ameaçador. E o impulso incontrolável de reviver a experiência primitiva é uma tentação já bem antiga. Em pleno século XXI o ser humano continua rude, predador, ignorante, supersticioso e feroz, com tudo aquilo que ainda não dominou.
O ambiente físico da sua sociedade tornou-se irrespirável. Uma acentuada degradação ecológica substituiu as flores e o ar puro, por blocos de cimento e fuligem.A paz idílica é uma experiência definitivamente perdida.
A única forma de voltar a um estado de bem natural é avançar na afirmação da individualidade. E para que a humanização avance é fundamental trabalhar e servir a objetivos civilizadores.
A humanidade se afirma quando qualquer tarefa, seja técnica ou científica, consegue transformar a turbulência em energia transformadora.É dificil perceber e entender o que está se passando na vida social. Mas sem essa compreensão torna-se impossível a sobrevivência e o aperfeiçoamento humano.
Talvez o grande desafio, do novo tempo, seja descobrir os ingredientes que compõem a arte de conviver, única maneira de conter a onda crescente de desertores da vida; evitar que os homens continuem se matando, valendo-se dos mais estranhos motivos.
Essa dificuldade tem sustentado tanto atitudes defensivas quanto agressivas, gestos previsíveis e imprevisíveis. E explica, em grande parte, a competição que tem construído a glória e a destruição das cidades e das civilizações.
O ser humano precisa deixar de buscar gaantias que reduzam as incertezas quanto ao futuro. Tudo prever ou prevenir tornou-se mero passatempo, um exercício de realismo ingênuo. A realidade, de cada dia, é insubstituível e fugaz, um tempo sem volta. “O minuto é um milagre que não se repete”.
Vincular a existência a esperanças e realizações, no amanhã, é impedir todos os avanços possíveis, no hoje. O presente só se enriquece com as contribuições do passado e do futuro, quando consegue afastar da memória o antes e o depois.
A realidade é implacável com o que despreza o significado e o valor do agora, que não desfruta os bens presentes, que desconhece o que está à sua volta, que não valoriza, de forma igual, o importante e o simples.
O ser humano precisa aceitar os limites de sua condição humana e histórica. E evitar, por todos os meios, perder-se na busca obstinada do impossível.

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SEM ESTRESSE

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