O novo e o extraordinário são consagrados e desvalorizados quase simultaneamente. Mas esse rico e surpreendente universo não é orientado para o bem estar da maioria. O mercado é hoje o grande objetivo dos que realmente dominam o mundo.
Um mercado irracional e voraz que subordina tudo a seus propósitos, indiferente às consequências sobre o meio ambiente, a saúde e o desenvolvimento humano.
Tudo está orientado para uma capacitação voltada às exigências da produção e dos melhores empregadores, os verdadeiros detentores do poder.
Essa lógica pressiona toda a rede internacional de instrução a privilegiar os programas de pequena duração, tanto na formação quanto na especialização. Esse modelo imediatista obriga a ciência a restringir a pesquisa pura para se dedicar, quase que exclusivamente, à pesquisa aplicada.
Mais eficiência para aumentar o lucro é o lema pricipal, da grande onda socioeconômica que domina esse final de milênio. Atende-se primeiro aos objetivos do mercado irracional global ; depois se pensa no destino da humanidade!
A grande massa está sendo condicionada por todas as mídias a crer que a capacidade de adquirir é o que define a classe de cidadania de todos nós. Essa estratégia consagra a mais perigosa das ideologias : vivem melhor os que mais consomem ou só vivem de fato os que podem consumir!
Tão triste realidade explica, em parte, a perplexidade que hoje domina o comportamento dos países, das sociedades e dos indivíduos.
E também justifica a crescente dificuldade que encontram para atuar todos os que tentam entender e integrar as infinitas visões de mundo, que se digladiam nesse contemporâneo inquietante.
Diante dos “grandes avanços” já realizados uma sociedade amedrontada retorna a indagações arcaicas, volta a se perguntar :
- Afinal, o que estamos fazendo por aqui?
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