sábado, 4 de abril de 2009

Como "adestrar" seu marido

Adalberto Andrade
Muitas mulheres acreditam que através das reclamações vão conseguir mudar o jeito de ser do marido, corrigir os seus defeitos e assim melhorar o relacionamento. É um erro pensar e agir assim.
Tentar eliminar pequenos incômodos do parceiro, pode não justificar a causa de muitas separações, mas com certeza não será através de queixas que uma esposa vai torná-lo melhor. Só vai fazê-lo piorar.
Ninguém tem o dom de mudar ninguém, mas todos nós temos a capacidade de estimular mudanças de comportamento em nosso par quando agimos como treinadores de animais e não como domadores de feras.
O homem é um bicho, mas a sua índole está mais para a do cachorro do que para a da onça-pintada. A mulher precisa entender que a vida a dois não é um safári, onde os papéis de caça e caçador às vezes se confundem.
Não é reclamando que os treinadores adestram seus bichos e conquistam a sua confiança e simpatia. Pelo contrário, é recompensando seu comportamento, valorizando e explorando do animal o que há de positivo, e descobrindo durante a instrução o que lhe dá prazer ou o que ele faz com mais facilidade.
Na vida conjugal, o princípio é o mesmo. A mulher deve recompensar as atitudes que gosta no parceiro e ignorar as que não lhe agrada. Afinal, não se consegue que um golfinho aprenda a pegar o peixe na mão do seu adestrador depois de um salto mortal ou ensinar um macaco a andar de bicicleta, apenas resmungando.
O mesmo vale para os maridos. A solução é prática e simples: procurar substituir gradativamente as reclamações por elogios, na momento certo e na medida certa.
Para que os pequenos incômodos não se tornem um martírio, evite colocar "mais lenha na fogueira", apontando faltas e demonstrando descontentamento por tudo. Só o fato de não reclamar, já estará agindo de forma positiva.
Claro que ele vai perceber sua mudança de comportamento. Qual marido não notaria a diferença? O que mais chamaria a atenção de um homem do que 'ouvir' o silêncio de sua companheira 'fazendo barulho' em seus ouvidos? Pouca coisa, certamente.
Quando perceber que a meia largada no meio da sala, a toalha molhada em cima da cama e a cueca pendurada no chuveiro foram recollhidas sem alarde, vai "doer" na consciência. Há situações que o silêncio ensina mais que mil palavras de protesto.
Mas não pense que a mudança vai ocorrer da noite para o dia. É preciso insistir e continuar acreditando que sua mudança de postura irá despertar nele a vontade de colaborar. Tudo é uma questão de tempo. Não vai demorar a entender que você não gosta de certos hábitos ou manias.
Então, quando ele jogar uma camisa suja ou um par de meias no cesto, não deixe de agradecer. O mesmo quando ele fizer a barba antes de ir para a cama, preparar o jantar enquanto você assiste a novela, recolher os pratos da mesa após as refeições, beber refrigerante e não arrotar mais na sua presença, parar de soltar peidos estrepitosos.
Essas são algumas mudanças de comportamento dignas de reconhecimento. Pode parecer bobagem, mas o efeito psicológico é avassalador.
A mulher precisa aprender e colocar em prática a psicologia que os adestradores profissionais aplicam aos animais. Recompensar pequenas atitudes, à medida que o bicho aprende um novo comportamento. O mesmo vale para os maridos.
Os treinadores chamam esse procedimento de ‘aproximação'. Por quê? Porque da mesma forma que não se pode esperar que um chipanzé aprenda a dar saltos mortais depois de um determinado comando em uma única sessão, não se pode esperar que um marido passe a juntar sistematicamente suas meias e cuecas só porque recebeu um elogio por ter recolhido peças de roupa espalhadas pela chão uma única vez.
Se continuar recompensando o comportamento de que gosta - começando pelos pequenos gestos -, e passar a ignorar o de que não gosta, em pouco tempo, terá total controle sobre seu homem, e, com certeza um marido bem mais fácil de amar.


2 comentários:

Anônimo disse...

adorei a dica, mas acho q meu caso e mais grave que isso pois alem de dividir as contas, trabalgar tanto ou mais que ele, ainda faco tudo sozinha, tudo mesmooo, ate pintar paredes, trocar lampadas ... e ele nao sente dor na consciencia por me ver fazendo tudo sozinha, ele fica do lado assistindo tv ou jogando videogame!! farei esta ultima tentativa, espero que de certo, pois estou no meu limite :(

Unknown disse...

Quem escreveu nao deve ser casada. Imagine só...homem com dor na consciência pela bagunça que faz. Eu limpo e organizo tudo, além de pagar a maioria das contas em casa e ainda é ele nem agradece. Agora eu tenho que ser grata e recompensar por colocar uma roupa suja no cesto. Isso é a pior forma de machismo... Responsabilizar a mulher pela preguiça do marido.

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