domingo, 10 de fevereiro de 2008
Tentando compreender
Já que o homem precisa irmanar-se com os outros homens, preservando sua identidade, fora da padronização que regride, o que ele deve fazer para livrar-se desse risco, que acompanha todos os seus passos ?
Já que os homens diferem, tanto quanto suas impressões digitais, que providências eles devem tomar para assumirem essas diferenças, sem se anularem na revolta ou na auto desvalorização ?
Já que viemos ao mundo para descobrir e não para comparar, para criar e não para repetir, como podemos reaprender a manifestar, de forma continuada e permanente, nossas infinitas possibilidades de expressão ?
Já que bom e mal podem ser faces de uma mesma realidade, dependendo do observador, como conter o pânico frente às situações desconhecidas ou apenas inesperadas?
Já que a compreensão imediata e grande versatilidade são exigências imperativas dos novos tempos, como evitar o medo de decidir e o temor de não corresponder, que impedem até as realizações mais simples, no dia a dia ?
Já que caminha mais facilmente o que aceita melhor seus erros e limitações, sem mergulhar na culpa ou na vergonha, como podemos transformar a fraqueza dos homens numa força maior ?
Já que o grande mercado estimula a busca frenética de meios que viabilizem o consumo compulsivo, que novos apelos éticos podem restabelecer a solidariedade e o amor entre os homens ?
Já que as verdades sociais absolutas tornaram-se relativas como impedir que esse relativismo desobrigue os homens de aprofundarem a sua humanização, recolocando a fraternidade e o bem comum, no centro de nossa história?
Já que o mundo da vida tornou-se o universo das coisas como encantá-lo com a beleza dos significados e das trancendências, que florescem no compromisso do eu com todos os outros?
Já que a perda das tradições reduz o viver a um mero sobreviver como evitar a tentação, observada em todos os lugares e camadas, de realizar-se a qualquer custo, ainda que por meios mágicos, simbólicos ou ilícitos?
Já que o deslocamento do homem do centro das preocupações sociais perpetua todas as formas de violência, o que deve ser feito para que ele volte a ser a referência fundamental dos que decidem?
Já que o viver tornou-se uma missão difícil, como pode o homem viver com arte e afirmar sua identidade de uma forma realmente humana?
Já que na sociedade do espetáculo vivemos o nosso drama cada vez mais virtualmente, como evitar que nossa própria vida vire uma mera representação ?
Já que o grande desafio de nosso tempo é ressocializar a sociedade humana, como substituir as velhas brigas pela solidariedade e pelo respeito, como neutralizar a irracionalidade dos comportamentos ?
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